Há exatos 50 anos, em 19 de maio de 1972, as lojas de discos começaram a receber o mais novo LP de Elton John. "Honky Château" tinha dez músicas e mostrava que, apesar do ritmo violento de lançamentos, ele seguia não só em boa forma, mas evoluindo musicalmente.
Para se ter uma ideia, naquele momento, ele já tinha outros quatro álbuns de estúdio, um ao vivo e uma trilha sonora. Apesar disso, não havia o menor sinal de que o público estivesse se cansando dele, muito pelo contrário.
"Honky Château" chegou ao segundo lugar no Reino Unido, mesma posição que "Tumbleweed Connection" havia conquistado um ano antes e, mais importante, se tornou o primeiro número 1 dele nos EUA, dando início a uma sequência de seis trabalhos que também encabeçaram o ranking da Billboard em sequência, sete se contarmos também a sua primeira compilação de grandes sucessos.
Este é um dos discos mais variados da carreira do cantor e compositor. Suas 10 canções mostram um músico no auge da inspiração acompanhado por uma banda igualmente competente e que, aqui, se estabilizou de vez com Davey Johnstone na guitarra, Nigel Olson na bateria, ambos ainda hoje acompanhando o pianista, e o baixista Dee Murray (morto em 1992).
Obviamente ele sempre será lembrado por trazer aquela que é uma das músicas mais famosas e reconhecíveis de sua carreira. Ainda assim, é injusto resumir o álbum a "Rocket Man", uma das maiores baladas desde sempre, por mais difícil que seja.
A faixa saiu em fevereiro em compacto e, logo, se tornou um hit global, chegando em segundo lugar na Inglaterra e em sexto nos EUA, indiscutivelmente o seu melhor desempenho até então nos dois maiores mercados do planeta.
Não á toa, ainda hoje, ela é um dos momentos centrais de seus shows. Basta dizer que, ao vivo, ela só não foi mais tocada que "Your Song", lançada em 1970, e que ela serviu de base para seu mais recente sucesso, "Cold Heart (With Dua Lipa) (Pnau Remix)", que o levou de volta ao número 1 no Reino Unido no ano passado.
O segundo, e último, single de "Honky Château" era radicalmente diferente. "Honky Cat" era um honk tonk ritmado e que também seria bastante tocada ao vivo por décadas a fio. Ainda assim, ela chegou ao top 40 britânico e ao oitavo lugar nos EUA, país que abraçou sem reservas a "Eltonmania".
"Honky Château" tem outras pérolas que merecem ser descobertas ou redescobertas. A balada luxuosa "Mona Lisas And Mad Hatters", outra pela qual ele tem um enorme carinho, é a maior delas, mas, ainda entre as canções mais lentas, vale também prestar a atenção em "Mellow" e "Salvation", com seu toque gospel.
Elton ainda brincou com outros idiomas musicais aqui. "I Think I'm Going To Kill Myself" tem pegada de ragtime e uma letra, escrita como sempre por Bernie Taupin, com um humor deliciosamente mórbido. "Slave" ganhou sua cara definitiva como uma balada country, depois de ter sido testada como um rock animado (a versão está como faixa bônus nas reedições).
E há também o rock e o R&B, outras grandes paixões do pianista, em "Amy", "Hercules" e "Suzie (Dramas)", que resultaram em um álbum que mesmo sem ser cultuado como outros lançados por ele, como "Goodbye Yellow Brick Road" ou "Captain Fantastic", tem - ou deveria ter - o seu lugar no coração dos fãs e de quem aprecia o pop/rock da primeira metade da década de 70.
Para se ter uma ideia, naquele momento, ele já tinha outros quatro álbuns de estúdio, um ao vivo e uma trilha sonora. Apesar disso, não havia o menor sinal de que o público estivesse se cansando dele, muito pelo contrário.
"Honky Château" chegou ao segundo lugar no Reino Unido, mesma posição que "Tumbleweed Connection" havia conquistado um ano antes e, mais importante, se tornou o primeiro número 1 dele nos EUA, dando início a uma sequência de seis trabalhos que também encabeçaram o ranking da Billboard em sequência, sete se contarmos também a sua primeira compilação de grandes sucessos.
Este é um dos discos mais variados da carreira do cantor e compositor. Suas 10 canções mostram um músico no auge da inspiração acompanhado por uma banda igualmente competente e que, aqui, se estabilizou de vez com Davey Johnstone na guitarra, Nigel Olson na bateria, ambos ainda hoje acompanhando o pianista, e o baixista Dee Murray (morto em 1992).
Obviamente ele sempre será lembrado por trazer aquela que é uma das músicas mais famosas e reconhecíveis de sua carreira. Ainda assim, é injusto resumir o álbum a "Rocket Man", uma das maiores baladas desde sempre, por mais difícil que seja.
A faixa saiu em fevereiro em compacto e, logo, se tornou um hit global, chegando em segundo lugar na Inglaterra e em sexto nos EUA, indiscutivelmente o seu melhor desempenho até então nos dois maiores mercados do planeta.
Não á toa, ainda hoje, ela é um dos momentos centrais de seus shows. Basta dizer que, ao vivo, ela só não foi mais tocada que "Your Song", lançada em 1970, e que ela serviu de base para seu mais recente sucesso, "Cold Heart (With Dua Lipa) (Pnau Remix)", que o levou de volta ao número 1 no Reino Unido no ano passado.
O segundo, e último, single de "Honky Château" era radicalmente diferente. "Honky Cat" era um honk tonk ritmado e que também seria bastante tocada ao vivo por décadas a fio. Ainda assim, ela chegou ao top 40 britânico e ao oitavo lugar nos EUA, país que abraçou sem reservas a "Eltonmania".
"Honky Château" tem outras pérolas que merecem ser descobertas ou redescobertas. A balada luxuosa "Mona Lisas And Mad Hatters", outra pela qual ele tem um enorme carinho, é a maior delas, mas, ainda entre as canções mais lentas, vale também prestar a atenção em "Mellow" e "Salvation", com seu toque gospel.
Elton ainda brincou com outros idiomas musicais aqui. "I Think I'm Going To Kill Myself" tem pegada de ragtime e uma letra, escrita como sempre por Bernie Taupin, com um humor deliciosamente mórbido. "Slave" ganhou sua cara definitiva como uma balada country, depois de ter sido testada como um rock animado (a versão está como faixa bônus nas reedições).
E há também o rock e o R&B, outras grandes paixões do pianista, em "Amy", "Hercules" e "Suzie (Dramas)", que resultaram em um álbum que mesmo sem ser cultuado como outros lançados por ele, como "Goodbye Yellow Brick Road" ou "Captain Fantastic", tem - ou deveria ter - o seu lugar no coração dos fãs e de quem aprecia o pop/rock da primeira metade da década de 70.