Eu entrei na terra bruta Dei o sangue, dei a vida Lá no chão joguei semente Na mesa virou comida Eu vesti com roupa verde A terra velha esquecida Com a força de um leão Derramei suor no chão Lutando pela nação Da balança colorida
O governo incentivou Eu na terra investia Maquinário financiado Trabalhando noite e dia Eu trabalhava dobrava O juro também crescia Meu compromisso subindo Valor da safra caindo Não estava conseguindo Pagar o que eu devia
Eu deitava e não dormia Me deu saudade da enxada Com ela eu comprava tudo E ela não foi financiada
Lá no banco infelizmente Estou devendo até o pescoço Pra poder comer na janta Preciso vender o almoço Levaram o filé mignon Eu fiquei roendo o osso Sei que o plano deu certinho Pros homens do colarinho Estou sem terra e sem caminho Aqui no fundo do poço
Me chamam de caloteiro Também de mau pagador O agente financeiro Quantas vezes me cobrou Eu nunca fui desonesto Sempre fui trabalhador Meu drama é verdadeiro É grande meu desespero Eu posso não ter dinheiro Mas caloteiro eu não sou
Compositores: Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro) (SOCINPRO), Jose Caetano Erba (Caetano Erba) (SICAM)Publicado em 1996 (18/Abr) e lançado em 1996 (01/Abr)ECAD verificado obra #90263 e fonograma #547804 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM