Ruy Maurity
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Pai João

Ruy Maurity


Pai João na capoeira entoava cantos dos tempos de Zambi
Foi escravo na fazenda, mão e pé dos senhores da Casa Grande
Nêga, bicho não é homem, quando o couro come, fica sossegado
Lua cheia, noite clara, nego na senzala vira cão danado

Pai João sentado em toco, cachimbo, marafo, velho curandeiro
Pros soldados nos terreiros conheceu o mais cruel dos cativeiros
Conta do amor de Catarina pelo valente negro Mateus
Sabe quanto a dor magoa, mesmo assim perdoa todos filhos seus

Pai João então se cala, limpa uma lágrima, estende a mão
Bate asas como um pássaro, desaparece na escuridão.
Pai João então se cala, limpa uma lágrima, estende a mão
Bate asas como um pássaro, desaparece na escuridão.


Contribuição de:
LAURO SOARES DE ALVARENGA
São José dos Campos - SP
Compositores: Jose Jorge Miquinioty (SICAM), Ruy Maurity de Paula Afonso (Ruy Maurity) (SICAM)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2012 (31/Mai) e lançado em 1977ECAD verificado obra #1981105 e fonograma #43333856 em 31/Mar/2024 com dados da UBEM

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