Naquela tarde de uma triste sexta feira
Traumatizou o mundo tradicionalista
Quando ocorreu uma notĂcia verdadeira
Que na estrada tombava uma grande artista
Chorava os fĂŁs, chorava o povo e a famĂlia
Chorou colegas artistas de profissĂŁo
Nos parecia uma mentira, mas nĂŁo era
Morria mesmo artista da tradição
Para Pedro, Pedro para, para Pedro
O José Mendes parou tragicamente
O rei dos Pedro lå no céu abriu a porta
Pra vida morta do cantor de tanta gente
Caiu a noite com o seu negro manto
Vestiu de luto a cidade e a coxilha
E aquela alma penosa como um pranto
Deixou o corpo como um herĂłi Farroupilha
O José Mendes tombou com os seus companheiros
A veraneio espatifou-se na estrada
NĂŁo teve tempo nos momentos derradeiros
De dar adeus ao seu filhinho e a sua amada
Quanta tristeza, quanta dor, quanta saudade
Deixou o cantor que morreu ainda tĂŁo novo
Repousa o corpo lĂĄ no SĂŁo Miguel e Almas
Longe das palmas tĂŁo distantes do seu povo
Alma penosa quando para o céu rumou
Subiu penosa por deixar o seu filhinho
Os seus fĂŁs e a mulher que ele amou
Nos braços dela o fruto do seu carinho
Alma penosa lå no céu hoje descansa
Junto de Deus nosso Pai que todos crĂȘem
A sanfoninha de oito baixos e o violĂŁo
EstĂŁo calados com saudades de vocĂȘ
E os seus fĂŁs que lhe amavam aqui na terra
Rezam por ti e compram suas gravaçÔes
NĂŁo voltas mais cantar no show e nem na festa
SĂł o que resta Ă© ouvir suas cançÔes â fim -
Enviada por Pomim - Jagva