Tribo da Periferia

Não Choro Mais

Tribo da Periferia

2º Último


Eu prometi que não choro mais
Mesmo sabendo que não vou resistir
A dor de conhecer o que é o amor
E assistir eles se despedir
Não choro mais
Assim como Deus quiser, eu vou
Não choro mais
Não choro mais

Chorar não é bom pra ninguém
Quem disse a potoca que chorar faz bem?
Esse nunca chorou, às vezes pensou que chorou
Nunca sentiu a dor da queda de uma lágrima
Difícil é te explicar o sentimento aqui dentro
A dúvida entre a dor e o sofrimento
Às vezes é melhor chorar que cheirar
Às vezes é melhor sonhar que realizar
Olho pra trás, lembro as fita das antiga
Não era nem meio-dia e nós com as máquina entupida
Firma, quanto tempo faz? ô lembrança fudida
Os boy perderam a paz e o moleque perderam a vida
Eu lembro os corre. w3, gol em fuga na avenida
Atitude ambiciosa em outra missão suicida
Adolescente, herdeiro de outra família falida
Inocência em ausência, reincidência na polita
Bota cryptonita e os neurônios frita
Facilmente se irrita, cata a máquina e vai pra pista
E sem pensar atira, enquanto a tia grita
Desde 2003 observado da guarita

Eu prometi que não choro mais
Mesmo sabendo que não vou resistir
A dor de conhecer o que é o amor e assistir
Eles se despedir
Não choro mais
Assim como deus quiser, eu vou
Não choro mais
Não choro mais

É só outra quinta, mais um dia, é foda, no fundo de cela
Só eu na minha jega
Sem cartas, sem visitas, e um rap triste no velho toca-fitas
Fui indisciplinado na rua, acabei no corró
Indisciplina na penita, castigo no xilindró
Tô esquecido aqui dentro, tentando conter as lágrimas
Que insistem em rolar no momento
Lembrei da garota firmeza, que presenciou assaltos, tretas
Várias fitas concedidas la na quadra 10
Lembro da infãncia, o futuro se lança
Careca, junim, lança, rafaelzim, buiú, galego
Sinval, hérick neguim
Marcelo cobra, joel, tizil, cascão, israel, wiliam, erivan
E vários no cascavel
Mó saudade da família, da minha coroa
Nós arrisca, perde o jogo aí cabelo "avoa"
Que eu não morra na rebelião
E me encontre sangrando nos corredores da escuridão
Vítima da maldade do homem, tenho a minha fé
E em deus louvo o seu nome
Pra acordar e abençoar, sua bondade
Saber que nas noites frias tenho sua fidelidade
Crime, ódio, drogas, pureza das gramas
E como dói ver lágrimas no rosto de quem ama
Ta foda a pressão, na mente indignação
No peito mágoas que não são apagadas
Ideias na mente de suicídio, acabar com isso
Bolar um plano, fugir do presídio
Sentimentos pra sempre aqui amenizados
Liberdade pros presidiários
Compositor: Luiz Fernando Correia da Silva (UBC)Editor: Sony Music Publishing (UBC)Publicado em 2022 (25/Mai) e lançado em 2022 (24/Mai)ECAD verificado obra #20541703 e fonograma #33526567 em 21/Abr/2024 com dados da UBEM

Encontrou algum erro? Envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Tribo da Periferia no Vagalume.FM
ARTISTAS RELACIONADOS
ESTAÇÕES