O amor do nego não foi brincadeira Por Madalena nego quis morrer No marabaixo de uma quarta-feira Nego chamou exum para lhe socorrer Bebeu gengibirra até se embriagar Dava dó de ver o nego chorando a soluçar Cruel, Madalena botou-se a dançar Prum crioulo que tava de branco Tocando sem parar... O amor do nego não foi brincadeira Por Madalena nego quis matar No peito, a chama; na mão, a peixeira E uma tristeza a mais dentro do olhar Cantou o lamento dos Saramacás E guardou calmamente A peixeira no coração Sofreu, como poucos sofreram essa dor Como poucos, saiu dessa vida Morreu de mal de amor Hoje dizem que o nego é uma estrela Que vive a cintilar na forração do céu Em noites de marabaixo ele brilha, Como que pra cegar o seu amor cruel, cruel...
Compositores: Eurival Costa Milhomem (Val Milhomem) (AMAR), Joao Batista Gomes Filho (Joaozinho Gomes) (AMAR)Publicado em 2022 (06/Jun) e lançado em 2022 (06/Set)ECAD verificado obra #10023854 e fonograma #34746336 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM