Violeta Parra

Verso Por Desengaño (tradução)

Violeta Parra

El Folklore de Chile, Vol. II


Verso para decepção


(Até quando, ingrato

por quanto tempo você quer matar?

Que ontem você me deixou machucado

com agulhas e alfinetes)


Eu não tenho culpa, ingrato

que, entre os dois, o diabo

por três ou quatro palavras

Eu os causei tempos tão ruins

Eu não tento te fazer sofrer

embora possa parecer assim

Eu acho que esse passo ruim

os desencaminha

e perguntar eu não fico animado

Até quando, ingratidão?


Escureça meus pensamentos

palavras e mais palavras

Espero que abra logo

a luz do meu entendimento

Eu já tenho a convicção

que há muitos sofrimentos

como duas mulheres más

nós lutamos contra a razão

Responda-me, coração

Por quanto tempo você quer matar?


Se eu não rir, você fica bravo

e se eu rir também

É que eu não consigo ver

isso só me deixa com o coração partido?

Carpicho que você deseja

Eu quero que você pegue

do pombo à formiga

do mar ao deserto

Você não entende nem estou acordado

que você me deixou machucado ontem


Hoje dida, na última tentativa

Procurei paz, mas em vão

Então ele me passou a mão

quando fui atormentado

A dor que eu sinto é grande

e para mim não há prazeres

dois seres estão conversando

na linguagem de um mau judeu

Eu tenho uma unha ou a sensação

com agulhas e alfinetes


Eu peço a 'especificação'

pipoca voando

suspende-me esta dor

que é meu pão de ca'a dida

Mesmo que seja minha culpa

você não deveria ser assim

isso não é um remédio para mim

aumentando meus males

Com mel dos favos

mais pode ser alcançado

Verso Por Desengaño


(¿Hasta cuándo, ingratonazo

hasta cuándo matar quieres?

Que ayer me dejaste herí'a

con agujas y alfileres)


No tengo la culpa, ingrato

de que, entre los dos, el diaulo

por tres o cuatro vocablos

los cause tan malos ratos

De hacerte sufrir no trato

aunque así parezca el caso

yo creo que este mal paso

los lleva por mal camino

y a preguntar no me alimo

¿hasta cuándo, ingratonazo?


Oscuran mi pensamiento

palabras y más palabras

espero que pronto se abra

la luz de mi entendimiento

Ya tengo el convencimiento

que sobran los padeceres

como dos malas mujeres

peleamos la sinrazón

Contéstame, corazón

¿hasta cuándo matar quieres?


Si no me río, te enojas

y si me río, tam'ién

¿Es que no alcanzái a ver

que solo me dai congojas?

Crapicho que se te antoja

yo quiero que lo consigas

desde el palomo a la hormiga

desde la mar al desierto

No comprendís ni dispierto

que ayer me dejaste herí'a


Hoy dida, en último intento

busqué la paz, pero en vano

Después me pasái la mano

cuando me hai da'o tormento

Es grande el dolor que siento

y ya pa' mí no hay placeres

están hablando dos seres

en lengua de mal judío

Tengo clava'o el sentí'o

con agujas y alfileres


Ordeno la 'espedí'a

palomito vola'or

suspéndeme este dolor

que es mi pan de ca'a dida

Aunque sea culpa mida

no debís de ser así

que no es remedio pa' mí

el aumentarme los males

Con la miel de los panales

más se puede conseguir

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