Todo cantadô errante Trais nos peito u'a marzela Nas alma luá minguante Istrada e som de cancela Fonte qui ficô distante Qui matava a sêde dela E o coração mais discrente Dos amô da catinguêra Ai o amô é u'a serpente Esse bicho morde a gente Vamo pois cantá parcela? Eu sô cantadô de côco Eu num canto parcela Parcela é feiticêra Eu côrro as légua dela Chegano num lugá Adonde teja ela Eu vô me adisculpano E dano nas canela Daindá daindá daindá daindá Conheci um cantadô Distimido e valente Qui mangava dos amô E zombava a fé dos crente Mais um dia ele topô Nos batente d'ua jinela Com o bicho do amô Mucama pomba e donzela E o cantadô aos pôco Foi se paxonano pruela Té qui um dia ficô lôco De tanto cantá parcela E hoje vêve pela istrada Rismungano qui a culpada Foi a mucama da jinela Daindá daindá daindá daindá Eu sô cantadô de côco Apois que canta parcela Corre o rsico São Francisco Morre doido cantn'ela Daindá daindá daindá daindá
Compositor: Elomar Figueira Mello (Elomar) (AMAR)Publicado em 1990 (01/Out)ECAD verificado obra #2483954 e fonograma #675276 em 08/Abr/2024 com dados da UBEM