LÁ VEM O VITO SOLITO, ENTRANDO NO BORORÉ E O CUSCO BRASINO AO TRANCO, NA SOMBRA DO PANGARÉ CHAPÉU GRANDE, LENÇO NEGRO, JEITÃO CALMO DE QUEM CHEGA A TARDE EM TONS DE AQUARELA, LEMBRA UM QUADRO DO BEREGA
O FLETE TROTEANDO, ALERTA, BUFA E SE NEGA PRA OS LADOS E UMA PERDIZ SE DEGOLA NO ÚLTIMO FIO DO ALAMBRADO APEIA NA CRUZ DA ESTRADA E O SEU OLHAR SE ENFUMAÇA SACA O SOMBRERO EM SILÊNCIO, POR RESPEITO À SUA RAÇA
LÁ VEM O RIO GRANDE A CAVALO, ENTRANDO NO BORORÉ LÁ VEM O RIO GRANDE A CAVALO, QUE BONITO QUE ELE É
PROCURA À VOLTA DO PINGO E ALÇA O CORPO SEM RECEIO ENQUANTO UMA BORBOLETA SENTA NA PERNA DO FREIO INTÉ INTERTE O CRISTÃO QUE SE CRUZA CAMPO A FORA MIRAR A GARÇA MATREIRA NO SEU PALA COR DE AURORA
POIS LÁ NUM RANCHO DE LEIVA QUE ELE ERGUEU COM SEU SUOR FICA O SONHO POR METADE DE QUEM VIVE SEM AMOR NUM SUAVE BATER DE ASAS, CRUZA UM BANDO, SEM ALARDE E AS GARÇAS E O VITOR SOMEM LÁ NA LONJURA DA TARDE
Compositores: Elton Benicio Escobar Saldanha (Elton Saldanha) (ABRAMUS), Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio) (ABRAMUS)Publicado em 2016 (10/Mai) e lançado em 2015 (01/Ago)ECAD verificado obra #3787544 e fonograma #12284580 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM