PARECE QUE O INVERNO BRABO ME PEGOU DESPREVENIDO CRESCE O CALOR DA ĂGUA QUENTE NO MATE RECĂM CEVADO EMPARCEIRA O PONCHO ABERTO AO REDOR DO FOGO QUE ARDE E ESSE FRIO QUE VEM DO MIOLO, ME GELANDO SEM ALARDE
BAIXA A POEIRA DAS JORNADAS NO FUNDO DO CORREDOR MUITAS TROPAS JĂ PASSARAM, OUTRAS NEM MESMO SE VĂO A VIDA PASSA LIGEIRA, SEM PENA NOS ATROPELA MEU GATEADO QUE CRUZAVA, HOJE ESPERA NA CANCELA
APERTA O RONCO DO MATE, SOFRENA UM TRAGO DA CANHA ESQUENTA O FOGĂO CAMPEIRO, MAS Ă POUCO PRA FRIAGEM ACENDO QUIETO O PALHEIRO, TRAGANDO FUMAĂA LARGA ESPICHO A DOR DOS INVERNOS COM A QUE O CORAĂĂO AMARGA
SE A PAMPA VAI SE ALARGANDO, FUGINDO DO TEMPO FEIO VAGA PERDIDA NA NOITE MINHA ESTRELA CAMPESINA A TROTE BUSCO NO HOJE RAZĂO PRA TODA MINHA VIDA CRESCE O VALOR DA QUERĂNCIA NESTAS LĂGUAS DISTORCIDAS
OS OLHOS PARAM NO FOGO E NA FUMAĂA QUE SOBE BOMBEIAM MAIS O MEU SANGUE, O PULSAR DAS EMOĂĂES ARREDIO SANGUE PAMPEANO, CRIOULO MAIS DO QUE O MATE SONHANDO VIVO O RIO GRANDE, DEITADO EM RIBA DO CATRE