Mauro Aguiar
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Cocada Preta

Mauro Aguiar


A minha boca resolveu ter quatro patas
Em todas quatro , quatro pedras pra jogar
A minha voz parece um bom tapa na cara
E a minha tara é só de um dia te encontrar

A tua jura feita da boca pra fora
Já tô me achando no direito de cobrar
Eu me cansei de fincar pé no “tô por fora”
Que atitude as vezes é bom de tomar.

E não me vem com sua voz de celofane renoir
Nem chama mais um peru de fora pra piar
Devolve o tapete que você puxou no ar
Beijos e o cacete a quatro que dei sem pensar.

Por trás da cortina
Bem ladina
Tu esconde
A minha sina que não fez questão de usar.

A minha pata resolveu ter quatro bocas
Em cada boca, quatro línguas pra xingar
presta atenção não sou maria-vai-com-as-outras
Você podia ao menos me considerar.

Na tua boca qualquer jura sai mal feita
enfeita o passe mas esquece de chutar
Já resolví esconjurar tua desfeita
Que atitude as vezes é bom de tomar.

E não me vem com sua voz de celofane renoir
Nem chama mais um peru de fora pra piar
Devolve o tapete que você puxou no ar
Beijos e o cacete a quatro que dei sem pensar.

Por trás da cortina
Bem ladina
Tu esconde
A minha sina que não fez questão de usar.

Não adianta eu quero
Tudo que você me prometeu
Dá meu trono que o rei sou eu!

Cocada preta pode até
Cantar de galo pra reinar
Mas quando foi ver derreteu. ah! ah!

Compositores: Eduardo Renno Kneip (Edu Kneip), Mauro Martins de Aguiar (Mou Aguiar)
ECAD: Obra #1432348 Fonograma #679151

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