Ela põe fogo no horizonte com a brasa de seu cigarro Hipnotiza homens como corsas por faróis de carro
É Calíope, Cleópatra, etíope Makeda Esconde escaras de lepra sob vestidos de seda
Pele azed, amistro de Derby com conhaque É uma cigana lendo o futuro de crianças no Graac
Sinos soam como crack em catedrais de solidão E ela te mata em silencio como um câncer de pulmão
Vodca e direção, o Diabo e sua oferta Derrama leite condensado em cima de caries abertas
É Perséfone, no seu colo a tristeza nasce Picasso pintando retratos no hospital defeitos da face
Desenha o Inferno de Dante na sua pele com gilete Enquanto arrasta anjos presos na sua caminhonete
É a volúpia em corset e fedor Macherrie Fazendo da madre Tereza Janaveve Jolie
Sua carne é corrupção, Linda Lovelacezona E seu tesão é um djavu de Nero pondo fogo em Roma
Se luxúria fosse açúcar era melaço e pisco E seus lábios romãs iam por diabéticos em risco
Sua fome é Jeffrey Dharmer o apetite é Kama Sutra Cortou a língua de Deus por isso ninguém o escuta
Poe seus sonhos na cama e diz boa noite amor Enquanto esconde escorpiões entre o lençol e o cobertor
Refrão
Nós somos luzes no meio da escuridão Em meio ao caos encontramos salvação Somos a fé vivendo na perdição Bondade com estigma de maldição Somos o amem de cada oração A frustração e cada cicatriz Meu coração que já foi guerra hoje é paz E meu olhar ilumina igual Paris
Parte 02
Cresceu entre cirurgiões que cortavam vias como veias Na pele textos da bíblia em tatuagens de cadeia
Tem cheiro de mirra e ranço de matança E quando Judas se enforcou fez os pés dele de balança
Sua presença é uma praga messiânica Tão santa, quanto, imagens de tinta óleo e cerâmica
Seu amor é Marie Lavou a te enfeitiçar Coração triste, noiva abandonada no altar
Pianista com reumatismo, a dor por Baskiah Freiras fazendo troca-troca ao som de Black Sabath
Seu abraço é chamoá em tons cinza degrade Faz serenatas românticas igual a um cine prive
É canção de cabaré, surtos de esquizofrenia Crianças surdas tentando brincar de gato mia
Tem a piedade oca seu chamego não é porto Se pó fosse sal seu suor era o mar morto
Seu olhar é vazio como uma casa assombrada Mas tão sombrio que nele nem fantasmas fazem morada
É um blackout em Las Vegas, a morte do meu herói O som do quebrar dos pés das bailarinas do Bolshoi
Suas lagrimas são féu e merengue Capazes de fazer gotas de orvalho criadouros de dengue
Te faz sonhar com algodão, mas é uma cama de espinhos Metade Chico Xavier metade Chico Picadinho
Refrão
Nós somos luzes no meio da escuridão Em meio ao caos encontramos salvação Somos a fé vivendo na perdição Bondade com estigma de maldição Somos o amem de cada oração A frustração e cada cicatriz Meu coração que já foi guerra hoje é paz E meu olhar ilumina igual Paris
Compositores: Marcello de Souza Dolme (Marcello Gugu), Eduardo dos Santos Balbino (Dj Duh) ECAD: Obra #29207067 Fonograma #3143426